A Europa vive uma epidemia de coqueluche às vésperas dos Jogos Olímpicos de Paris. Com a chegada de milhões de turistas no continente em função do evento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já encara a situação como um perigo de contaminação transcontinental. No Brasil, o Ministério da Saúde está atento ao aumento de casos da doença, embora em ritmo bem menos preocupante.
Vamos aproveitar este momento para aprender um pouco mais sobre o que é a coqueluche, quais são os principais sintomas e formas de se proteger da doença, incluindo a importância da vacinação. E, claro, ver soluções para buscar ajuda sem precisar sair de casa.
O que é coqueluche e como ela afeta o bem-estar?
A coqueluche é uma infecção altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella Pertussis. Ela afeta, principalmente, as vias respiratórias e pode ser bastante perigosa em bebês, crianças de menor idade e em idosos, podendo levar a complicações graves, como pneumonia e até mesmo ser fatal se não for tratada adequadamente.
Pessoas com coqueluche desenvolvem crises de tosse seca com frequência, podendo durar semanas. O bem-estar é prejudicado nas tarefas mais básicas do dia a dia. Por exemplo: a intensidade das tosses pode ser tanta que elas podem apresentar fadiga, dificuldade em dormir, perder a vontade de comer e ficar estressadas com a situação – que parece não ter fim.
Cenários da coqueluche
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Transmissão e os principais sintomas da coqueluche
A bactéria da coqueluche se espalha por gotículas expelidas por tosse, espirro ou fala das pessoas infectadas. Ao ser inalada por outra pessoa, ela se instala nas vias respiratórias, começando a infecção. O período de incubação da doença leva de 5 a 21 dias, sendo que os sintomas podem aparecer em até 3 semanas após o contágio.
- Tosse seca intensa. Essa é a principal característica da doença e costuma se manifestar na maioria dos casos confirmados. A tosse seca pode durar por minutos, deixando a pessoa ofegante e cansada. Ela costuma piorar durante à noite, prejudicando a rotina de sono de qualidade. Atinge bebês, crianças e idosos.
- Crises de tosse com “assobio”. Durante a fase aguda, a tosse pode gerar sons semelhantes a assobios durante as crises. Isso acontece por conta do fechamento das vias respiratórias, afunilando a passagem do ar. Essa característica é mais comum em crianças.
- Dificuldade para respirar. Além das tosses secas, a irritação e sensação de ardência nas vias respiratórias pode levar a dificuldades respiratórias. Em casos mais graves, a pele e os lábios podem ficar azulados pela falta de oxigênio. Crianças e idosos são mais afetados.
- Vômito. Pode aparecer após as crises de tosse seca. O esforço para tossir e aliviar a agonia da irritação é tanta que pode levar ao vômito, incluindo a expulsão de secreção acumulada nas vias respiratórias. Crianças são as principais afetadas por conta da sensibilidade do sistema digestivo e da intensidade das crises.
Vale ressaltar que nem todos os casos de coqueluche apresentam todos os sintomas. Alguns deles são identificados apenas em fases específicas, como nos dias iniciais de contágio ou no período de infecção aguda. Em alguns casos, algumas pessoas podem até mesmo apresentar sintomas mais brandos, como se fossem os de um resfriado.
É sempre recomendado consultar um médico para um diagnóstico preciso da condição de saúde e o encaminhamento para o tratamento mais indicado. |
Prevenção com vacina evita a disseminação da coqueluche
A principal forma de prevenção contra a coqueluche tem tudo a ver com a importância da vacinação. Sendo assim, a vacina contra a doença faz parte do calendário vacinal infantil e é fundamental para proteger não apenas bebês e crianças, mas também para evitar a disseminação dela na sociedade.
Manter o esquema de vacinação atualizado com os reforços recomendados ao longo da vida também é uma prática que se alinha com os esforços do Ministério da Saúde em fomentar uma imunização adequada e eficiente no país. Por isso, o compromisso dos adultos também é importante.
Quais são as vacinas contra a coqueluche e quem deve se vacinar? As principais vacinas disponíveis gratuitamente no SUS são:
O esquema vacinal é composto por três doses da vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de vida, seguidas de reforços com a vacina DTP aos 15 meses e aos 4 anos. Gestantes também devem receber uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª semana da gravidez. Essa imunização protege especialmente bebês menores de 1 ano, que são mais vulneráveis à infecção e podem desenvolver complicações graves. Então, dirija-se a uma unidade de saúde para se imunizar!
A princípio, os adultos que foram vacinados anteriormente, estão imunes. Porém, existe uma recomendação especial: no caso de bebês de risco e prematuros, é ideal vacinar as pessoas que terão contato direto com eles, como os avós, por exemplo. No entanto, a vacina para adultos (com exceção de gestantes e profissionais de saúde) não está disponível no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ou seja, não é possível tomá-la pelo SUS. A solução é buscar uma clínica privada, se a família tiver condições de pagar pelo imunizante. Acesse o calendário de vacinação nacional para saber quais vacinas são recomendadas para cada faixa etária. |
Fora isso, ainda existem algumas medidas paralelas de higiene que podem ajudar a evitar o contágio e a propagação da coqueluche. Algumas das ações cotidianas simples que você pode fazer, em qualquer lugar, são:
- Usar máscaras (e trocá-las diariamente).
- Lavar as mãos frequentemente (especialmente após tossir ou espirrar).
- Não ficar próximo de pessoas (saudáveis ou doentes).
- Descartar lenços de papel (o uso é exclusivo).
- Não compartilhar utensílios de uso diário (talheres, toalhas e semelhantes).
Combatendo a coqueluche sem sair de casa com a TopMed
Agora, imagine a situação: uma pessoa com sintomas sugestivos de coqueluche não precisar sair de casa, nem enfrentar horas em filas ou serviços de emergência para consultar com um médico e receber orientações e tratamento adequado.
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