mulher parece confusa pode ter sinais de TDAH

O que é TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade): sintomas, impactos e soluções

Estima-se que cera de 6% das pessoas no mundo (em torno de 500 milhões) tenham sido diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, sendo que a OMS reconhece o TDAH como um dos transtornos do neurodesenvolvimento mais comuns na infância. 

Com base nessa importância, surgiu o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (13 de julho), que chega como uma oportunidade para educar, apoiar e promover mudanças positivas para aqueles que vivem com esse transtorno, além de ampliar o conhecimento público sobre suas complexidades e desafios. 

Vamos, então, aproveitar essa data para aprender mais sobre o que é TDAH e quais são as dificuldades de quem vive diariamente com essa condição. Também conheceremos os principais sintomas aparentes, além de reconhecer maneiras de buscar ajuda sem precisar sair de casa.  

O que é TDAH?

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico crônico que afeta a vida cotidiana das pessoas. Mais do que uma simples falta de atenção ou agitação, a condição se manifesta por meio de desafios extras em vários aspectos da vida diária, como o aprendizado, o desempenho no trabalho e as relações interpessoais.

Pessoas com TDAH têm características de comportamento em comum. Entre elas: a dificuldade na resolução de problemas, a perda da atenção rapidamente, a falta de concentração para seguir planos e alterações de humor. Essas características influenciam no cotidiano e podem comprometer o rendimento pessoal e profissional das pessoas afetadas. 

Principais sintomas do TDAH

Dados do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais mostram que, no Brasil, a ocorrência do TDAH acontece já nos primeiros anos da infância. A prevalência etária estimada é de 7,6% em crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos. Entre 18 e 44 anos, esse valor fica em 5,2%. E, a partir dos 45 anos, ele é de 6,1%.

Os sintomas do TDAH podem se manifestar em todas estas idades e de diferentes maneiras. Também podendo variar em intensidade e de acordo com o contexto de vida de cada pessoa. Entretanto, alguns dos sinais comuns são a falta de concentração, a impulsividade e a  hiperatividade. 

Confira como cada uma destas características se manifesta individualmente.  

Falta de concentração

Iniciar e completar uma atividade pode ser um grande desafio, pois a falta de concentração pode surgir a qualquer momento, desviando o foco para estímulos externos ou pensamentos intrusivos. Essa dificuldade de manter o foco e se manter concentrado dificulta a persistência no objetivo, levando à procrastinação e ao abandono frequente de projetos.

Também é possível acontecer:

  • Dificuldade em prestar atenção em detalhes
  • Dificuldade em organizar, planejar e completar tarefas
  • Perda frequente de objetos
  • Esquecimento frequente de compromissos e datas importantes 

Impulsividade

Aqui a pessoa com TDAH age sem ponderar as consequências das ações, o que pode gerar decisões precipitadas, dificultar o planejamento e a execução das tarefas. Essa impulsividade também se manifesta na fala excessiva, na interrupção de conversas e na dificuldade de esperar a sua vez, causando momentos desconfortáveis entre grupos de pessoas.

Também podem acontecer:

  • Dificuldades em esperar a vez em qualquer tarefa
  • Responder a perguntas antes de serem concluídas

Hiperatividade

São movimentos mais constantes, inquietação e dificuldade em permanecer num mesmo lugar, fazendo a mesma coisa e por muito tempo. Esse tipo de manifestação pode aparecer de forma física, como mexer as mãos e os pés com frequência. Ou de forma sensorial, em que a pessoa começa a ter pensamentos acelerados, não conseguindo relaxar. Além de mudanças bruscas de temperamento.

Além disso, também é possível:

  • Dificuldade em ficar parado ou ocioso
  • Falar de forma excessiva 
  • Dificuldades em se manter em atividades ou tarefas calmas


É importante lembrar que nem todas as pessoas com TDAH apresentam todos os sintomas listados ao mesmo tempo. Inclusive, elas podem se manifestar de diferentes maneiras e em diferentes graus de severidade. A avaliação do profissional de saúde é crucial para um diagnóstico preciso e individualizado.

Impactos do TDAH na vida diária 

Imagine um turbilhão de pensamentos em constante movimento, uma mente que luta para se concentrar em uma única tarefa por muito tempo ou um corpo inquieto que parece ter energia inesgotável. Essa é a realidade de quem vive com TDAH, sofrendo os impactos diretos em diversas áreas da vida diária. 

Entender essas implicações é fundamental para oferecer um suporte necessário, reconhecer as dificuldades e gerenciar crises de forma mais assertiva.

Dificuldade acadêmica 

A concentração em tarefas acadêmicas pode ser desafiadora, levando a dificuldades nos estudos. As pessoas com TDAH lutam para prestar atenção em aulas, manter o foco nas anotações e organizar seu tempo de estudo junto com os afazeres de casa. Tudo isso pode resultar em notas baixas, frustração e desânimo.

Problemas de relacionamento 

Relacionamentos interpessoais podem ser mais problemáticos por conta da dificuldade de comunicação, da impulsividade nas ações e da falta de organização. Tudo isso pode levar a conflitos com parceiros, familiares, amigos e colegas de trabalho. Manter relacionamentos estáveis e saudáveis pode ser um desafio, afetando a qualidade de vida de todos os envolvidos. 

Baixa autoestima 

Por conta das dificuldades acima, pessoas com TDAH podem desenvolver baixa autoestima. Sentimentos de exclusão, inadequação, frustração e constante autocobrança podem minar a confiança e o bem-estar emocional. E aqui se faz tão importante o apoio emocional de familiares e profissionais de saúde na reconstrução de uma autoimagem saudável.

Exaustão mental

Devido ao esforço adicional para entender e decodificar as situações, o esgotamento mental se torna uma possibilidade. Tentar focar demais na atenção, controlar a impulsividade e gerenciar a agitação excessiva pode gerar uma sobrecarga no cérebro e nas emoções, causando cansaço físico e fadiga sensorial. 

Ansiedade

A ansiedade é uma questão comum associada ao TDAH, pois a incerteza em lidar com tarefas diárias, preocupações com desempenho e a pressão de atender às expectativas podem gerar níveis de estresse altíssimos. A ansiedade também pode agravar os impactos na vida cotidiana, prejudicando a saúde de uma forma geral. 

Como a TopMed contribui com a conscientização do TDAH

Pode ser que você conheça alguma criança ou adulto com alguns dos sinais acima mais exaltados. Esta pessoa talvez nem saiba que pode ser diagnosticada com TDAH. Não seria incrível se ela pudesse contar com ajuda médica especializada e voltar a ter mais foco, concentração e produtividade na sua vida cotidiana?

É aqui que a TopMed aparece com suas soluções de atendimento, onde oferecemos suporte ao indivíduo com TDAH através de várias maneiras. Entre elas:

  • Acesso a especialistas e informações. A telemedicina permite que pacientes, familiares e cuidadores tenham acesso facilitado a profissionais de saúde especializados em TDAH. Isso ajuda na obtenção de diagnósticos precisos, orientações de tratamento adequadas e recursos educacionais sobre o transtorno.

  • Sem barreiras geográficas. Para muitas famílias e indivíduos, especialmente aqueles em áreas rurais ou com mobilidade reduzida, a telemedicina elimina barreiras geográficas e financeiras para acessar cuidados de saúde de qualidade para o TDAH. Tudo feito a distância. 

  • Educação e orientação. Com a telemedicina, é possível oferecer sessões educativas e orientações personalizadas sobre o TDAH. Isso inclui explicar os sintomas do transtorno, estratégias de manejo, técnicas de organização e planejamento. Além de orientações para pais e cuidadores sobre como apoiar efetivamente pessoas com o transtorno.

  • Acompanhamento contínuo. Teleconsultas regulares permitem um acompanhamento mais próximo e contínuo de pacientes com TDAH. Isso é bastante útil para ajustar medicações, monitorar o progresso do transtorno e fornecer suporte emocional e comportamental ao longo do tempo.