Como a telemedicina pode reduzir a sobrecarga nos pronto-atendimentos 

uma sala de espera em uma emergência superlotada

A sobrecarga nos prontos-atendimentos é um dos maiores desafios enfrentados pelos sistemas de saúde. Unidades superlotadas, com longas filas e profissionais esgotados são sintomas de um sistema que precisa de soluções inteligentes. É nesse cenário que a telemedicina no pronto atendimento surge como uma resposta para desafogar as unidades de urgência e emergência, otimizando o atendimento, reduzindo sinistros dos planos de saúde e melhorando a gestão da saúde, tanto pública quanto privada.

O problema: prontos-atendimentos sobrecarregados

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 80% dos atendimentos em prontos-socorros poderiam ser resolvidos na atenção primária. No entanto, a falta de acesso rápido a consultas médicas leva muitos cidadãos a buscarem diretamente as unidades de urgência, inclusive para casos leves. 

Essa procura excessiva gera: 

  • Atrasos no atendimento: a superlotação pode levar a longos tempos de espera;  
  • Aumento da mortalidade: estudos indicam que a superlotação está associada a um aumento na taxa de mortalidade de pacientes, principalmente aqueles que necessitam de internação;  
  • Piora da qualidade do atendimento: menos tempo dedicado a cada paciente e maior risco de erros;  
  • Problemas de privacidade e segurança: superlotação provoca atendimento de pacientes em corredores, com menos privacidade e maior risco de infecções;  
  • Sobrecarga de trabalho: a alta demanda pode levar a uma sobrecarga de trabalho para os profissionais de saúde, com jornadas exaustivas e alta pressão. Tendo como consequência o estresse e esgotamentos das equipes de saúde e aumento do risco de erros;  
  • Custos adicionais e desperdício de recursos: a superlotação pode levar a um aumento nos custos devido ao uso de mais recursos, internações prolongadas e complicações. 

A solução: telemedicina no pronto-atendimento 

A telemedicina permite que pacientes sejam atendidos remotamente por profissionais de saúde, por meio de videochamadas, chats ou telefone. Quando integrada aos sistemas de saúde, ela atua como uma barreira inteligente de triagem, encaminhando os casos que realmente precisam de atendimento presencial. 

1. Triagem remota com Inteligência Artificial 

A TopMed desenvolveu uma solução pioneira: a Triagem Digital com IA, utilizada tanto por municípios integrados ao SUS, quanto por sistemas de saúde do setor privado. Desde seu lançamento em fevereiro de 2024 até junho de 2025, a ferramenta já recebeu mais de 113 mil solicitações de atendimentos. 

Por meio de tecnologias como Processamento de Linguagem Natural (NLP), redes bayesianas e algoritmos de Machine Learning, a IA entende os sintomas descritos pelo usuário em linguagem natural (como “estou com dor de cabeça e febre”) e direciona a pessoa para o melhor caminho: autocuidado, atendimento remoto ou encaminhamento presencial. 

Esse tipo de triagem digital, que pode estar integrada com os protocolos de cada cliente, prioriza os casos mais urgentes, reduz deslocamentos desnecessários e aumenta a resolutividade. Apenas pacientes que realmente precisam de atendimento presencial são encaminhados aos prontos-socorros. 

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2. Redução do tempo de espera 

Enquanto o tempo médio de espera em um pronto-atendimento pode ultrapassar 4 horas, plataformas de telemedicina como a TopMed oferecem atendimento em menos de 1 minuto.  

Esse tempo reduzido melhora a experiência do paciente e evita que os casos leves agravem pela demora no atendimento, além de liberar os profissionais da linha de frente para focarem em situações críticas, promovendo mais agilidade e fluidez nos sistemas de saúde. 

médico utilizando a telemedicina

3. Economia de recursos 

O atendimento médico online reduz custos com: 

  • Transporte de pacientes; 
  • Infraestrutura física; 
  • Insumos hospitalares e administrativos; 
  • Deslocamento de profissionais; 
  • Internações desnecessárias. 
sala de espera em um hospital com poucas pessoas, sem filas para atendimento

4. Atendimento em regiões de difícil acesso 

A concentração de médicos no Brasil é bastante desigual, o que agrava os desafios enfrentados pelos gestores públicos. Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), a média nacional é de 2,65 médicos por mil habitantes, mas em regiões como o Norte e o Nordeste os números caem para 1,45 e 1,93, respectivamente. Essa disparidade dificulta o acesso ao atendimento de qualidade nas áreas mais vulneráveis e contribui para a formação de longas filas e atrasos nos diagnósticos e tratamentos. 

Esse cenário se torna ainda mais crítico quando se considera que, de acordo com o IBGE, cerca de 70% da população brasileira depende exclusivamente do SUS para receber qualquer tipo de assistência em saúde. A escassez de profissionais nessas regiões, junto à alta demanda, sobrecarrega ainda mais as unidades de pronto-atendimento. 

A telemedicina entra como um recurso estratégico e inclusivo, permitindo que pacientes de localidades remotas ou com baixa assistência médica tenham acesso imediato a triagem, orientação clínica, médicos especialistas e encaminhamentos assertivos, tudo de forma online, fácil e segura. Dessa forma, os municípios conseguem amenizar os efeitos da desigualdade na distribuição de profissionais e oferecer uma cobertura mais equitativa, mesmo em contextos de limitação estrutural. 

um trabalhador do campo utilizando o celular para fazer uma consulta médica online

5. Impacto real na gestão pública 

Além da resolutividade clínica, a telemedicina impacta diretamente a eficiência administrativa dos municípios. Com dados em tempo real sobre sintomas, demandas e desfechos, gestores públicos podem: 

  

  • Antecipar surtos sazonais (como gripe ou dengue); 
  • Alocar melhor os recursos humanos; 
  • Reduzir absenteísmo na rede escolar e produtiva; 
  • Tomar decisões baseadas em dados e não apenas em demanda espontânea. 

  

Ao integrar dashboards com indicadores em tempo real, a TopMed fornece transparência, inteligência estratégica e relatórios customizados para cada prefeitura contratante, fortalecendo a governança e permitindo o uso mais assertivo dos recursos do SUS. 

gestores públicos fazendo uma análise estratégica sobre os benefícios da telemedicina no sus

A telemedicina no pronto atendimento já é uma realidade comprovada que pode ser adotada por instituições de saúde (sejam elas públicas ou privadas) que buscam inovar com responsabilidade e garantir qualidade de atendimento aos usuários. Com triagem inteligente, redução de custos, melhora no acesso e dados estratégicos, ela representa uma virada de chave para a saúde em geral. Investir em saúde digital é investir em serviços de saúde mais eficientes, sustentáveis e acessíveis para todos. 

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